quinta-feira, 24 de julho de 2008

Alguém devia ter caluniado Josef K.


Um indivíduo acusado, encurralado, encarcerado e eliminado. Isto é a civilização: Kafka criou seu personagem, Josef K., mais um sorteado para lembrar da brutalidade do sistema e perder seus sonhos. Mas o mais importante é que ele perdeu suas ilusões de vida em sociedade. O Estado não é humano. a soma dos servidores públicos, provavelmente despercebidos, não possui nenhuma humanidade; é um “aparelho estatal” que não vê coração, apenas cara-craxá-número, mão-de-obra, parte, parafusos dispensáveis, engrenagens. Leis: só existem para consolidar o genocídio maquinista, o muro opressor de Roger Waters. Não há liberdade, onde há sistema de leis. Não há liberdade, onde há paz.

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